TRABALHOS EM GRUPO E PLÁGIO


Trabalhos em grupo são muito comuns nas escolas e nos cursos superiores. Apesar de  importantes para desenvolver a competência para trabalhar coletivamente, os trabalhos em grupo tem sido mais utilizados pelos professores para diminuir a quantidade de textos para corrigir.

É neste contexto que os trabalhos em grupo se resumem a divisões de temas, com data marcada para a apresentação, sem nenhum acompanhamento, pelos professores, do desenvolvimento da atividade.

Desta forma, estudantes fazem os trabalhos de qualquer jeito, muitas vezes plagiando conteúdos da Internet. Estes conteúdos são utilizados tanto nas partes escritas como nas apresentações em sala de aula. Da mesma forma, é comum que estudantes utilizem imagens sem citar a fonte, o que também configura plágio.

São estes pequenos erros que podem criar, nos estudantes, o hábito de plagiar para realizar atividades escolares e acadêmicas. Sem a devida orientação, levam este hábito até o final dos cursos superiores, onde colocam textos e imagens plagiados em monografias, artigos, dissertações, teses. Há, inclusive, muitos casos de plágio cometidos por profissionais já inseridos no mercado de trabalho (ilustração, questões de prova, marcas, etc.).

O problema, na verdade, não é errar: o erro faz parte do processo de aprendizagem. Cabe aos professores mostrar o erro e ensinar a forma correta de fazer, no caso, uma citação. Com o passar do tempo, cada professor tem condições de avaliar se o plágio foi falta de informação ou má fé do estudante.

Assim como o plágio, é muito comum nos trabalhos em grupo que estudantes que não fizeram nada coloquem o nome nos trabalhos feitos por colegas. Isso é errado e se parece, em alguns aspectos, com o plágio: assumir a autoria de um texto escrito por terceiros; agir de má fé; ter benefícios com esta mentira. Há, inclusive, textos em que esta atitude é chamada de "plágio consentido". Mesmo com o consentimento do verdadeiro autor, esta prática pode ser punida porque o estudante tentou enganar o professor e a instituição, fingindo ter feito uma atividade obrigatória para obter pontos no curso e ser aprovado.



Referências:

Abordagem do plágio nas três melhores universidades de cada um dos cinco continentes e do Brasil - Marcelo Krokoscz

Etiqueta na Escola

 

Guia do Ilustrador (pp. 53-57) - Ricardo Antunes et al

 

Livro: Pesquisa na Escola - Marcos Bagno